31 de outubro de 2024
23 de abril de 2021
Carta Aberta: Brasil unido para proteger a vida
O documento destaca as medidas consideradas fundamentais para conter a crise sanitária e econômica, entre elas: acelerar a vacinação, aprovar um novo auxílio emergencial e aportar recursos para o SUS.
Leia a íntegra da Carta Aberta:
Brasil unido para proteger a vida
A situação de calamidade que o Brasil vive com o aumento do contágio, as mortes e o colapso do sistema de saúde decorrentes da pandemia de COVID19 exige medidas radicais e urgentes. São inaceitáveis as mais de 300 mil vidas perdidas e as outras milhares que se somam diariamente, ainda mais quando sabemos que o uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social são medidas preventivas que, se praticadas amplamente, teriam salvo milhares dessas vidas.
Se o ano de 2020 foi extremamente difícil para o Brasil e o mundo, o ano de 2021 vem se mostrando muito mais desafiador. No ano passado, a conjunção de esforços dos setores público, privado, da ciência e da sociedade civil viabilizaram a criação de novas soluções, inclusive com auxílios econômicos robustos que protegeram a renda das pessoas, o poder de compra das famílias, os empregos e as empresas, bem como a liberação de recursos extras para financiar o SUS. A situação presente exige ainda mais.
A união de esforços vai gerar o poder e a capacidade para realizarmos aquilo que, isoladamente, é impossível alcançar. Por isso, precisamos mobilizar governantes, parlamentares, instituições, partidos, lideranças empresariais, sindicais e sociais na atuação coordenada para enfrentar a pandemia. Orientados pela ciência e pelos profissionais da saúde, juntos seremos capazes de trilhar o caminho da superação.
Exaltamos a vacina do Butantan, assim como todas as vacinas colocadas à disposição da população brasileira, e o esforço do Governo do Estado de São Paulo para fornecer mais vacinas, assim como todas as iniciativas de governantes e dirigentes para enfrentar essa crise sanitária e econômica.
Neste momento consideramos fundamental:
- Acelerar ao máximo o processo de vacinação da população, tanto em termos de variedades de vacina quanto em quantidade, por meio do Programa Nacional de Imunização. Precisamos de mais vacinas.
- Implementar as medidas necessárias para contenção da evolução da pandemia, incluindo ações de lockdown, isolamento social, uso de máscara, distanciamento e protocolos sanitários para proteger a saúde e a vida.
- Aprovar o Auxílio Emergencial de R$ 600,00 com duração enquanto durar os efeitos econômicos da pandemia.
- Renovar as medidas de proteção dos empregos e salários, efetivando e ampliando as medidas de apoio econômico às empresas, em especial micro, pequenas, médias.
- Aportar os recursos financeiros necessários para o SUS atuar no enfrentamento adequado da crise sanitária.
- Investir na coordenação ininterrupta e na articulação célere de iniciativas de gestão de crise, considerando sua urgência e emergência.
Não há espaço para retrocessos: é imprescindível que o Governo Federal promova medidas de orientação e educação à população sobre a gravidade da situação atual e como contorná-la. Nos unimos para resistir, avançar e superar essa crise sanitária, protegendo a vida. Essa união também deve criar capacidade coletiva para enfrentar a crise econômica. Em 2021, vacina e economia devem andar juntas.
Signatários:
Instituto Ethos
Sindusfarma – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos
Força Sindical
Sinditêxtil – Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Abrinq – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos
UGT – União Geral dos Trabalhadores
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Movimento Não Demita
Fonte da Carta Aberta: Sindusfarma