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06 de janeiro de 2018
Com a expansão das grandes redes de farmácias, as pequenas e médias tiveram de buscar alternativas para se manter no mercado. Encontraram no Associativismo uma saída promissora, que vem garantindo a elas melhor competitividade.
“O associativismo é um movimento que começou há cerca de dez anos. Apesar do tempo, ainda está em fase de desenvolvimento no Brasil e vem beneficiando de forma positiva as pequenas farmácias”, afirmou Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar).
A Febrafar tem hoje 55 redes afiliadas, formadas por pequenas farmácias de 24 estados do Brasil – totalizando 9.700 unidades em 900 municípios. “Promovemos workshops, treinamentos, eventos, ou seja, tudo o que possa aproximar nossas redes dos outros setores do mercado, como as indústrias e distribuidoras”, complementa Edison Tamascia.
Profissionalização – Maior visibilidade no mercado, ações de marketing efetivas, troca de experiências, melhores condições de negócio, atendimento eficiente e linhas de crédito são alguns dos benefícios obtidos pelas redes associativas de farmácias.
“São muitas ferramentas que geram competitividade para a rede, como a possibilidade de negociação comercial em conjunto e a troca de idéias e informações entre elas”, destacou Paulo Costa, gestor da Farmarcas, gerenciadora de redes farmaceuticas.
Parcerias – As indústrias e distribuidoras de medicamentos participam como parceiras comerciais. “As compras são feitas considerando as características individuais de cada loja e direcionadas para as empresas parceiras da rede. Em troca dessa parceria, a loja retorna com fidelidade. Por isso, hoje temos um número cada vez maior de indústrias e distribuidoras como nossas parceiras”, diz Costa.
Como estratégias para a padronização de suas farmácias, a Febrafar oferece treinamento para os empresários, para os farmacêuticos e funcionários de cada loja. Além disso, estendeu esse procedimento para a parte visual.
“O associativismo nasceu com a premissa de ajudar o setor a comprar bem. No entanto, com o passar dos anos, percebeu-se que esse fato era apenas um dos problemas a serem resolvidos. E isso não ocorreria se a farmácia não fosse forte como empresa”, avaliou o gestor da Hiperfarma.
Cada associado paga uma mensalidade, cujo valor é revertido para o pagamento de custos administrativos da sede da rede e o restante, empregado em ações de marketing e mídia. “Nós negociamos com a indústria em troca da parceria. Esse investimento volta para subsidiar ações para as farmácias”, explicou Costa.
Capacitação – Desde 1997 no mercado goiano, a Rede 2000 tem 105 farmácias associadas e contabilizou um faturamento de R$ 48 milhões no ano passado. “Nossa grande meta é buscar os benefícios comerciais, conseguindo compras diferenciadas, e estabelecer cada vez mais parcerias no setor”, reforça José Leomar, gestor da rede.
Poder de negociação – Com 68 lojas em São Paulo – capital e interior – e 10 anos de atividade, a Rede Farma & Cia oferece para seus associados a padronização das lojas, materiais de embalagens, uniformes, produtos de marca própria, convênios com grandes empresas, tablóides de ofertas mensais e compras centralizadas. “Normalmente a pequena e média farmácia não consegue produzir esses materiais e não têm força de compra para conseguir bons descontos”, diz José Roberto Ortega, gestor administrativo da Farma & Cia.
“As farmácias pagam uma mensalidade, que é utilizada para cobrir os custos de manutenção da sede e uma taxa de marketing que é utilizada para produção do material das campanhas, limpeza mensal das fachadas e para a contratação de um consultor de lojas que presta uma consultoria mensal para todas as associadas”, explicou Ortega.
Segundo ele, a indústria e as distribuidoras apóiam as redes associativistas. “A indústria e as distribuidoras procuram investir e ajudar as redes associativistas. Elas têm interesse em que as lojas estejam regularizadas e bem arrumadas, para que possam ter mais pontos-de-venda e negociar a exposição de seus produtos.”
O gestor faz uma avaliação do atual cenário de mercado para essas redes. ” Trabalho no ramo farmacêutico há mais de 30 anos e nunca vi um desacerto tão grande como nesses últimos anos, tanto na parte comercial, em que as grandes redes oferecem descontos e prazos absurdos, deixando as pequenas e médias farmácias numa situação muito difícil”, diz.
Assim também acontece com a atuação dos órgãos reguladores, que estão autuando e fechando as farmácias, quando deveriam antes orientar e notificar, dando um prazo para que regularizem suas pendências. Por outro lado, ainda tem o fato de o governo diminuir em aproximadamente 5% a margem de lucro da farmácia.”
Fonte: Diário do Comércio/SP
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